Psicologia

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A dependência química não tem uma causa única. Ela é proveniente de vários fatores que atuam ao mesmo tempo, como a predisposição genética ou um momento de instabilidade emocional pelo qual o indivíduo esteja passando. Vivendo como um dependente, o paciente acaba tendo uma série de problemas sociais e familiares, que são consequência, e não a causa do vício. A pessoa passa a sentir que a droga é tão necessária em sua vida quanto comida, água ou uma boa noite de sono. Hoje em dia, a dependência é reconhecida como uma doença, portanto, o paciente só pode ser responsabilizado se não aceitar o tratamento.

O coordenador de Relações Públicas dos Narcóticos Anônimos do Rio Grande do Sul, Fabrício, afirma que a pessoa deve procurar ajuda assim que ela identificar o problema. Para ele, o incentivo da família é fundamental, já que os adictos (denominação para quem é "escravo" de alguma coisa, no caso, as drogas) dificilmente reconhecem que estão dependentes. Há quase 12 anos sem usar substâncias químicas, Fabrício diz que essa é a doença da negação. "A gente sempre acredita que pode parar a hora que quiser que quem tem problema são os outros", explica. As reuniões do NA têm a finalidade de compartilhar as alegrias e os fracassos durante o processo de recuperação do dependente, sem a necessidade de saber da vida pessoal de cada um. "O que nos une é a vontade de nos livrarmos das drogas", finaliza o coordenador.

“A decisão de procurar ajuda deve partir do próprio doente. Geralmente, a iniciativa surge quando o dependente já está no fundo do poço, depois de ter perdido a família, o emprego e até a vergonha." Essas palavras são do ex-alcoolista e, hoje, secretário da Central de Alcoólicos Anônimos do Rio Grande do Sul, Albano. Aos 68 anos, ele já está há 10 anos sem beber. O secretário explica que as reuniões em grupo têm o objetivo de compartilhar experiências entre os dependentes, de dividir o problema com os outros. Albano ainda lembra que para não ter recaídas, é

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