psicologia
Violência domestica é um processo social, judicial, interpessoal e pessoal de uma relação intima de caráter agressivo. Como processo não se resume a episódios isolados de violência.
O objetivo do presente capitulo é complexificar o debate sobre a violência domestica, a fim de apresentar a necessidade do trabalho multidisciplinar e refletir sobre uma intervenção que alcance os diferentes níveis que constituem e mantém as condições para que exista a violência domestica no Brasil. Segundo Lenore Walker (1979) a violência doméstica resulta de um ciclo do decorrente escalonamento da intensidade e frequência das agressões. Este ciclo envolve três estágios distintos:
1º- construção da tensão:
Neste, ocorrem os incidentes de menor porte como gritos, empurrões, agressões verbais (xingamentos), ameaças e destruição de objetos. Há uma crença ilusória de que, apesar destes episódios apresentarem alguns “descontroles esporádicos”, nada disso ultrapassará os limites aceitáveis dentro de um relacionamento, tendo-se em mente sempre aquela ideia de que “é normal”, “faz parte da vida conjugal”.
2º- tensão máxima:
Aqui, as agressões superaram o limite do que seria suportável no relacionamento, gerando assim, uma crise. É o momento em que a vitima afirma a existência de violência. Entretanto, dificilmente esta prestara queixa sobre a violência sofrida. O que pode ocorrer, na maioria dos casos, é a evitação de contatos físicos e verbais e/ou no máximo uma breve separação.
3º- reconciliação:
Há aqui, uma necessidade de retomar o padrão de relação que existia durante o período de construção da tensão. O agressor justifica seus excessos em ciúmes, desequilíbrio emocional, estresse e/ou alcoolismo, colocando-se assim, como alguém que necessita de cuidados. Surge então uma expectativa da parte da vitima de que o agressor possa mudar, sempre tendo como objetivo o desejo de manter a