Psicologia
CAPÍTULO 36
CRIATIVIDADE
1. Conceitos: o uso vulgar, a definição do dicionário, o uso em psicologia Chamamos de criativas as pessoas que sabem desenhar, tocam algum instrumento, têm alguma habilidade manual "especial", como pintar camisetas ou ser bom marceneiro; enfim, as que sabem fazer coisas que a maioria das pessoas (principalmente nós) não sabe.
2. Critérios de determinação da criatividade
As definições de Ghiselin e Laklen medem a criatividade através do critério da abrangência de seus efeitos, isto é, quanto mais uma contribuição (seja ela um objeto ou uma idéia) remexer nossas crenças estabelecidas, quanto mais revolucionar o nosso universo de saber (o que temos como sendo o "certo", o "indiscutível"), mais criativa ela será. Podemos dizer que tudo que é criativo é novo, mas nem tudo que é novo é criativo. Já temos, pois, mais um critério para medir a criatividade: a inovação, além da abrangência já citada. Não podemos esquecer, no entanto, que a inovação tem de ser relevante, isto é, adequada à situação. Um ato, uma idéia ou um produto é criativo quando é novo, adequado e abrangente.
3. Criatividade como capacidade humana
A criatividade é uma capacidade humana que não fica confinada no território das artes, mas que também é necessária à ciência e à vida em geral. A ciência não poderia progredir se alguns espíritos mais criativos não tivessem percebido relações entre fatos aparentemente desconexos, se não tivessem testado essas suas hipóteses e chegado a novas teorias explicativas dos fenômenos.
A imaginação
O processo de trabalho do cientista aproxima-se do processo de trabalho do artista. Ambos desenvolvem um tipo de comportamento denominado "exploratório", isto é, dedicam-se a "explorar" as possibilidades, "o que