Psicologia
John Watson é comumente apontado como fundador do movimento a que chamou Behaviorismo. Influenciado pelos modelos científicos que enfatizavam fortemente a obtenção de dados objetivos sobre seus objetos e a produção de conhecimento experimentalmente comprovável, propôs que a Psicologia passasse a se ocupar do comportamento (behavior, em inglês): Por que não fazemos daquilo que podemos observar, o corpo de estudo da Psicologia? (Watson, 1913).
Em substituição ao método introspectivo, Watson defendia que a psicologia deveria se limitar a dados objetivos e mensuráveis. Contrariamente ao que ocorria com a experiência privada do indivíduo que só podia ser revelada através da introspecção, o comportamento permitia a observação pública e a medição objetiva.
Privilegiando, assim, a observação consensual (isto é, a observação que pode ser comprovada por pelo menos duas pessoas) Watson estabeleceu um critério que definia o que poderia vir a ser estudado pela psicologia: apenas o observável.
Seguindo a visão mecanicista da época, derivada da física newtoniana, segundo a qual todo fenômeno tem uma causa e negando-se a estudar a mente humana, que não pode ser diretamente observada, Watson foi buscar as variáveis responsáveis pela determinação do comportamento fora do organismo.
Para Watson, o comportamento era produto da ação de variáveis externas antecedentes. Certos estímulos eliciariam determinadas respostas, geneticamente programadas, em resultado na evolução das espécies, ou estabelecidas através da formação de hábitos (condicionamento clássico). Watson entendia que o repertório comportamental de um organismo era resultado da ação do ambiente sobre estas estruturas reflexas hereditárias. A resposta condicionada era vista como a menor unidade do comportamento, a partir da qual cadeias complexas seriam originadas pela interligação de reflexos simples. Esquematicamente, podemos grafar o modelo compreensivo de Watson como E ⋄ R (ou S ⋄