Psicologia
O senso comum constitui um corpo de crenças necessárias para manter uma visão explicativa e inteligível do mundo. Entre estas se destacam a crença na existência do mundo, independentemente da percepção que dele temos; As relações causais, que ocorreram no passado, voltarão a ocorrer no futuro; As outras pessoas possuem estados de consciência; Somos a mesma pessoa cada dia que passa; As pessoas têm sentimentos, são criaturas autoconscientes e capazes de autocontrole.
Estas crenças são de tal modo considerado fundamental que, se por hipótese forem questionadas, as pessoas pensam que o inquiridor ou está a brincar ou está maluco (por ex., será que aquilo que estou a ver são pessoas ou fantasmas? Estou a sonhar ou a falar em público?). Tais crenças constituem os alicerces da estrutura cognitiva da pessoa, de modo que a ausência, mesmo parcial, afetaria gravemente o funcionamento mental da pessoa. No entanto a crença de que as pessoas são capazes de autocontrole e de que possuem estados mentais internos (crenças, atitudes, preferências, etc.) que influenciam o comportamento está em conflito com uma corrente psicológica.
Biografia: Amâncio da Costa Pinto
Faculdade de Psicologia e C. da Educação, Universidade do Porto.
A Filosofia na Psicologia
Durante todo o tempo em que Descartes, Hume, Hegel, Kant e muitos outros autores trabalhavam o conceito de sujeito, a Psicologia não era ainda, uma ciência em separado da Filosofia. Logo, esta assim chamada filosofia da metafísica, influenciou profundamente o modo de pensar da psicologia. Assim sendo é importante mostrarmos o como estes 400 anos de construção de uma noção de sujeito influenciaram uma ciência que acabava de nascer e começava a engatinhar no cenário mundial em finais de 1800. Pensa-se então em mostrar o como uma das principais Escolas do pensar psicológico foi influenciada pela tradição do sujeito assim como outras foram influenciadas pelas críticas de Nietzsche. A Psicanálise de Freud,