Psicologia
NOÇÕES DA CRISE DA MODERNIDADE
Para o autor Frei Betto (2000), a Crise da Modernidade é um fenômeno caracterizado por transformações e mudanças de concepções a respeito de valores culturais, religiosos, políticos e sociais. A Modernidade trouxe grandes êxitos para a humanidade, como a possibilidade prever comportamentos de astros e cometas por meio de cálculos feitos sob a luz da razão. Com as grandes descobertas, a esperança de uma vida digna para todos os seres humanos foi vislumbrada. A fome e a escravidão ficariam para trás, enquanto o progresso tomaria conta das gerações futuras (BETTO, 2000).
Em seu texto Crise da Modernidade e Espiritualidade (2000), Frei Betto relata que a crise enfrentada está direcionada explicitamente em valores materiais. A busca de excesso de riquezas faz com que as pessoas se distanciem da solução dos dramas humanos (fome, miséria, desemprego) aumentando ainda mais a má distribuição de renda. Enquanto uns poucos são excessivamente ricos, milhões, vivem em condições miseráveis.
IMPACTOS NA SUBJETIVIDADE
As grandes transformações ocorridas com a Crise da Modernidade produziram uma concorrência de valores materiais em todo mundo. O capitalismo dita as regras e quem não consegue acompanhar o desenvolvimento tecnológico que é veiculado com a ajuda da comunicação midiática, frustram se por não conseguirem responder às exigências do outro. As ideologias pré-fabricadas impõem seus valores morais, o modo de comportar se, o modo de vestir se, o modo de viver, o pensar e consequentemente o modo de sentir se. O modo como os seres humanos vivem atualmente diz de uma liberdade, porém, colocada dentro de um parâmetro estabelecido pela elite dominante.