psicologia
Essa moléstia é causada por uma micobactéria. Compromete de início os nervos periféricos e, na pele, se caracteriza pelo surgimento de manchas esbranquiçadas ou avermelhadas. É transmitida pelo doente do grupo contagiante que não se trata ao tossir ou espirrar. Para a OMS, atinge 4,6 em cada grupo de 10000 brasileiros. Quando não é descoberta e tratada logo, pode causar mutilações.
por Leontina C. Margarido*
A Sociedade Brasileira de Dermatologia promoveu em São Paulo, recentemente, uma campanha para o diagnóstico e o tratamento da hanseníase. Segundo o Ministério da Saúde, o país registrou 38000 novos casos da doença em 2009, o que representa redução de 30% em cinco anos. Isso equivale a 4,6 doentes para cada grupo de 10000 habitantes. Apesar disso, o número ainda é alto, pois a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a meta de 1 doente para cada grupo de 10000 habitantes.
Entre as medidas que ajudaram a conter o avanço da doença está a melhoria no atendimento. Entre 2007 e 2009, o número de serviços de atendimento aos doentes aumentou 21%, com 1645 novas unidades em todo o Brasil. Mesmo assim, o país é o primeiro em número de doentes com hanseníase. As explicações são: falta de diagnóstico precoce pelos médicos e desinformação da população sobre essa moléstia, conhecida desde a Antiguidade.
A hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Pode acometer qualquer camada social, mas é mais comum na população de baixa renda. Felizmente, mais de 90% das pessoas têm defesa genética contra o bacilo e não desenvolvem a moléstia.
Os sintomas geralmente são negligenciados pelos doentes, pois as lesões não levam a coceira, ardor nem dor. Muitos médicos, de outro lado, não a diagnosticam precocemente porque os sintomas são comuns a outras doenças. O primeiro sintoma é formigamento ou dormência, causado pela inflamação dos nervos periféricos. Pode haver também diminuição da sudorese