Psicologia
Inúmeras são as nossas incertezas, inúmeras são as nossas dúvidas quando refletimos profundamente sobre estes questionamentos que põe em xeque o valor da Psicologia como ciência e a contribuição de seu profissional em protagonizar transformações efetivas, não só no sujeito, mas também na sociedade como um todo.
Se formos analisar historicamente, veremos que antes mesmo que a psicologia se estabelecesse como ciência, antes mesmo que ganhasse essa identidade, o interesse por esse campo de conhecimento já se fazia presente nas indagações dos primeiros espíritos questionadores. Divagações acerca da natureza e conduta humana era o foco da reflexão de diversos filósofos da Antiguidade. (SCHULTZ; SCHULTZ, 1992, p. 17)
Essa intensa curiosidade pelo comportamento e pelas atividades mentais, levou os intelectuais ao acúmulo de um grande volume de descobertas e reflexões sobre a mente; ao longo de muitos séculos.
De Sócrates, passando pelo notável Freud, até os teóricos contemporâneos, a ciência atual tornou-se a síntese da busca incessante do homem em procurar dar respostas aos grandes dilemas que afligem o ser humano em suas diferentes épocas.
Mas a pergunta fundamental que deve ser feita é o que deve fazer o profissional de posse de toda essa diversidade de informação?
Em nossa sociedade, onde cada vez mais suas engrenagens se mostram completamente direcionadas para o crescimento econômico em detrimento da edificação dos valores humanos, onde a massificação das idéias e a padronização das atitudes sufocam completamente toda a singularidade, é evidente a necessidade de que o saber psicológico conduza as pessoas a enxergarem além do óbvio, que valorizem suas verdades interiores e que acima de tudo as façam adquirir uma melhor compreensão de si e do mundo ao seu redor.
Que a psicologia enfim adquira moldes de uma ação política contra as características nocivas de nosso tempo.
Parece uma