Sentar em um lugar diferente do qual temos o hábitos de nos sentar na sala de aula. Cruzar os braços colocando o braço esquerdo por cima quando naturalmente colocaríamos o direito. Ir morar em uma casa nova, em um bairro novo, em uma cidade nova. Mudar de escola. Dar aula para uma série com a qual não estamos habituados. Reagir diante de uma pessoa que sempre nos comprimenta e hoje passou por nós sem nem dar um leve sorriso. Todas as situações acima relacionadas possuem pelo menos um aspecto essencial em comum: mudança. A lembraça de situações de mudança pelas quais passamos ao longo de nossa vida - mudanças no nosso corpo, da nossa visão de mundo, das nossas relações em família, nas nossas amizades, do nosso próprio conceito de identidade, na nossa forma de aprender, na forma como nos relacionamosm com outras pessoas, no nosso jeito de trabalhar, na forma como lidamos com problemas e perdas, e em tantos outros aspectos fundamentais da nossa vida - podem despertar em nós tanto sentimentos positivos como negativos. Contudo, se conseguimos nos imaginar nos momentos críticos de mudança, isto é, nos momentos em que era necessário abandonar hábitos e automatismo que nos traziam segurança e conforto no desempenho de nossas atividades, provalmente iremos nos lembrar de algum tipo de sensação de desconforto (dúvida, ansiedade, mal estar, medo, frustração, raiva, entre outras). Consideramos na decisão pela mudança e sua implementação, pela aprendizagem de novos padrões de percepção, conhecimentos, atitudes e ações. É um período de incorporação de novas formas de abordar os problemas e de resolvê-los, passando a exteriorizar novas opiniões e comportamentos. Se pensarmos que mudança implica, em primeiro momento, no questionamento de estilos de percepção, crenças, atitudes e comportamentos já cristalizados, fica fácil compreender o papel crucial da aprendizagem nesta segunda fase do processo de mudança. Um adulto, por exemplo, que aprendeu que educação e bom comportamento