Psicologia
AS INTERFACES ENTRE PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO NA FORMAÇÃO DE
PSICÓLOGOS ESCOLARES DE TERESINA.
Carla Andrea Silva
Maria Vilani Cosme de Carvalho
1 INTRODUÇÃO
O contexto atual está imerso em intensas transformações nas esferas econômicas, políticas, éticas, culturais, tecnológicas e sociais que têm alterado significativamente o contexto educacional, com repercussões sobre as instituições educativas, como a escola e a famílias, bem como sobre o exercício da docência, tendo em vista a influência destas sobre os atores sociais que delas fazem parte, como é o caso do alunado e dos profissionais docentes. A conseqüência direta dessas transformações no contexto em questão se situa na estruturação de perspectivas mais amplas de
Educação, que necessariamente tem sido responsáveis pela busca cada vez maior por contextos de formação por parte dos que trabalham na educação escolar, dentre eles o
Psicólogo Escolar. (LIBÂNEO, 2007; PATTO, 2004; VIEIRA, 2003)
No tocante a Psicologia Escolar, a exigência por qualificação profissional para a categoria surge como uma contraproposta para conter as práticas naturalizantes e alienantes localizadas na década de 80, seja pelos abusos na psicometria seja pela análise unilateral do fracasso escolar.
As preocupações e discussões sobre a formação inicial do Psicólogo Escolar têm revelado a fragilidade desta área, seja a partir de aspectos deficitários na dimensão curricular, seja pela ausência da reflexão crítica no contexto da formação sobre os contornos ideológicos presentes na prática profissional (GUZZO E WECHSLER, 1993;
MALUF, 1994; MEIRA E ANTUNES, 2003A; MARINHO - ARAÚJO E ALMEIDA,
2005; CRUCES, 2006).
Na procura por contornar esse quadro, o debate em torno da formação continuada oferecida na área também tem conquistado atenção e reflexão, de modo a
Marinho-Araújo e Neves, (2007) afirmarem que a trajetória formativa deve ser ampliada, conforme as especificidades da Psicologia Escolar, pois assim, a formação