Psicologia Social
Autores antigos tiveram uma visão mais atomística da relação entre a personalidade e a sociedade. Muitos consideravam que a psicologia social começa depois que a personalidade se forma graças às forças internas e aos mecanismos de aprendizagem. Concepção mais recente, sem negar a importância desses fatores, ressalta que a personalidade, sob todos os pontos de vista, desde o nascimento, está sendo condicionada cultural e socialmente.
Outro tema preferido da psicologia social moderna é a investigação do status, isto é, a posição que alguém ocupa no grupo, e do rôle, ou seja, o comportamento esperado do indivíduo por um grupo humano. Para que uma pessoa seja bem ajustada, considerada como normal, é necessário que saiba desempenhar seus rôles, seus "papéis sociais", e encontre suficiente grau de satisfação emocional na vivência desses papéis.
Muitas pesquisas investigam não tanto a influência da cultura e da sociedade sobre a personalidade, mas os processos que caracterizam a organização comportamental dos grupos, a interação dos membros de um grupo. Especial atenção é consagrada ao estudo dos chamados pequenos grupos e grupos primários, como seriam o grupo familiar, o grupo de irmãos etc. Nessas circunstâncias, obtêm-se medidas bastante precisas das diversas forças que interagem.
Dentre os estudos das grandes coletividades, ocupa lugar especial o do estudo da massa, que se caracteriza por certa "homogeneidade mental", sensibilidade e excitabilidade de seus integrantes. A concepção mais aceita para explicar as reações muitas vezes violentas e mutáveis que ocorrem nesse tipo de coletividade é a hipótese baseada em premissas freudianas: sob a pressão social, acumula-se o sentimento de frustração, mas as pessoas que, individualmente, reprimiriam essa frustração,