Psicologia Social
Mulheres que sofrem violência doméstica passam por um trauma, elas podem desenvolver algum transtorno como TAG, Pânico, Fobia, etc.?
R: Isso depende muito da pré disposição de cada mulher não tem como generalizar.
Qual é a maior dificuldade no tratamento das mulheres que sofrem essa violência
R: Existe um ciclo da violência, que acontece da seguinte meneira:
1. Fase da lua de mel;
2. Tensão;
3. Brigas;
4. Violência.
A maioria das mulheres que passa por essa violência tem histórico anterior de violência na família, quando ela procura ajuda vem a fase do arrependimento do agressor, com isso algumas delas voltam para o mesmo, abandonando o tratamento, retirando a denúncia feita e novamente volta o ciclo, o fator cultural e a dependência financeira também são grandes dificuldades encontradas nesse tratamento.
Essas mulheres que tem filhos, passam a ser superprotetoras com os mesmos? O quanto isso afeta o relacionamento?
R: Na verdade em sua grande maioria elas acabam negligenciando os filhos, e as vezes até reproduzem essa violência nas crianças. Existe a identificação nesses casos, a Menina-> Mãe, pode tornar-se passiva em relacionamentos futuros, e o Menino-> Pai, ode tornar-se agressor, essas crianças normalmente apresentam problemas disciplinares com professores, parceiros, etc.
Como é a chegada dessas mulheres? É um alívio poder denunciar e pedir socorro, ou uma frustração?
R: É uma mistura, tem o medo físico, a tortura psicológica, fazer o B.O gera uma certa segurança, mas ao mesmo tempo elas acham que é um “susto” no agressor e ainda tem a esperança que ele mude.
Poucos são os casos que a mulher mantém a denúncia e não reata com o agressor, de 10 apenas 3 mantém distância do parceiro, hoje a cada 15 segundos 1 mulher é agredida no Brasil, elas acham que o B.O resolve seus problemas, quando na verdade o que vai resolver é a mudança interna, a ajuda psicológica, e a tomada de atitude.
Existe uma abordagem específica no