psicologia social
Da Psicologia Social moderna à contemporânea
Arnaldo Chagas1
Já foi dito que a psicologia social tem um longo passado embora sua história seja recente. A referida disciplina, enquanto conhecimento sistematizado, como área científica da psicologia e como proposta de uma ciência independente, pressupondo objeto e um método definido é, de fato, conhecida há pouco tempo.
A história da psicologia social moderna, da qual trataremos resumidamente nessa ocasião, pode ser contada sob diferentes perspectiva, de tal modo, que não existe uma forma correta ou a melhor maneira de contar a história, diante disso, encontramos inúmeros problemas (limites) em relação à abordagem conceitual ou cronológica a ser adotada. Sendo assim, ainda que correndo o risco da crítica, preferimos nos ocupar da “linha da história”, restringindo nossas ponderações a alguns fatos, acontecimentos, autores, idéias e situações, com o único propósito de refletir sobre o desenvolvimento da psicologia social moderna no Ocidente, enquanto possibilidade (pretensão) de conhecimento científico, sistemático e, ao mesmo tempo, pensar de maneira crítica, sobre aspectos de sua evolução, transformação e aperfeiçoamento. Ao final, faremos uma rápida reflexão sobre acontecimentos que nortearam a “mais recente proposta de psicologia social” na América Latina e no Brasil. Nesse trabalho introdutório, contudo, não é nosso interesse fazer uma análise crítica demasiada a respeito da história geral e controvertida da psicologia social, outrossim, não temos a pretensão de examinar as origens dessa disciplina; se assim o fizéssemos, teríamos que retornar às civilizações clássicas que sustentaram - e sustentam - os fundamentos das culturas ocidentais (Grécia e Roma antiga).
Apenas para exemplificar, basta dizer que desde a filosofia “antiga” (filósofos gregos), encontramos algumas preocupações pertinentes sobre o comportamento social humano. Hipócrates foi um dos