PSICOLOGIA SOCIAL,ESTUDOS DE GÊNEROS E FEMINISMO

Bárbara Terres Lâmina 1

PSICOLOGIA SOCIAL,ESTUDOS DE GÊNEROS E FEMINISMO

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“A pesquisa acerca das diferenças sexuais está historicamente associada ao desejo masculino de compreensão da natureza das mulheres e está imbuída de conflito e mistificação desde os seus tempos mais remotos” (Hare- Mustin & Marecek) .

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Desde Aristóteles à atualidade afirmava-se a distinção entre os sexos, a superioridade masculina e o seu posicionamento como grupo de referência e comparação. Assiste-se desde 1910 ,na Psicologia, à afirmação das diferenças sexuais para sustentar a inferioridade feminina, limitando a sua esfera de ação, restringindo a sua autonomia e liberdade de movimentos.

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No início do século Terman e Miles diziam que a ausência de diferenças na medida de inteligência deviam indicar que tais diferenças, então, estavam em outros níveis, como: sentimentos, interesses ,atitudes e comportamentos. A partir daí ocorre o início de um vasto programa de pesquisa sobre as diferenças sexuais.

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A imagem de uma mulher que difere do homem pela sua emocionalidade mais rica e variada, que condiciona o seu comportamento quotidiano, sendo igualmente tímida, dócil, vaidosa e sem espírito de aventura, torna-se uma espécie de protótipo de temperamento que vem assim a constituir-se como norma para um grupo.

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“As esferas privadas e pública traçam a linha divisória dos papéis sexuais resultando daí os temperamentos masculinos e femininos, produtos da interiorização desses papéis” (Lorenzi- Cioldi,1994) .

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O bom desempenho dos papéis orienta a personalidade individual: Segundo Parsons (1955), homens seriam instrumentais e mulheres expressivas. Por instrumentalidade entenda-se aresponsabilidade econômica e política da sociedade. A expressividade estaria, por sua vez, ligada essencialmente aos cuidados da casa e à assistência à prole.

“Como homens, sentíamo-nos encurralados em nossa própria exclusão – não