Inclusao Exclusao Das Mulheres Imigrantes
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v. 41, n. 3, pp. 366-373, jul./set. 2010
Inclusão/exclusão das mulheres imigrantes nos cuidados de saúde em Portugal: Reflexão à luz do feminismo crítico
Joana Bessa Topa
Universidade do Minho
Braga, Portugal
Conceição Nogueira
Universidade do Minho
Braga, Portugal
Ana Sofia Antunes das Neves
Instituto Superior da Maia
São Pedro de Avioso, Portugal
RESUMO
O processo migratório pode constituir um factor de risco para a saúde, podendo acarretar uma maior vulnerabilidade em relação a problemas de saúde em geral (Carballo et al., 1998) e de saúde mental em particular, devido não só à dureza do processo migratório (Carta et al., 2005), mas também à exposição quotidiana a formas de discriminação
(in Pusseti, Ferreira, Lechner & Santinho, 2009). Se existe um elevado desconhecimento do acesso efectivo dos/as imigrantes aos cuidados de saúde (Fonseca, Silva, Esteves & McGarrigle, 2009) mais acentuado é no que se concerne à mulher imigrante. Esta apresentação pretende evidenciar e reflectir sobre a necessidade dos países de acolhimento desenvolverem políticas a nível dos serviços de saúde, à luz dos feminismos, tendo em conta o estatuto de mulher e imigrante. Trata-se uma reflexão teórica sobre o tema que está a ser trabalhado empiricamente no âmbito de um doutoramento em Psicologia Social.
Palavras-chave: Imigração; género; saúde; feminismo crítico.
ABSTRACT
Inclusion/exclusion of immigrant women in health care in Portugal: Reflection in the light of feminist critical
The migration process can be a health factor risk, which may cause greater vulnerability to health problems in general
(Carballo et al., 1998) and mental health in particular, not only because of the hardness of migration process (Charter et al., 2005), but also to exposure to everyday forms of discrimination (in Pusseti, Ferreira, Lechner & Santinho,
2009). If there is a high lack of effective access to the immigrants health care (Fonseca, Silva, Esteves & McGarrigle,
2009) more pronounced is in