Gênero
O biólogo britânico Richard Dawkins critica o uso da palavra gênero como um sinônimo eufemístico de sexo1 , pelo fato de que essa palavra foi tomada como empréstimo do conceito de gênero gramatical, que só reflete a divisão entre masculino e feminino em algumas línguas (principalmente as indo-européias), enquanto outras possuem outros tipos de divisão de gêneros totalmente desvinculada do sexo, como, por exemplo, gênero animado e gênero inanimado.
No Brasil o conceito de gênero foi introduzido por pesquisadoras norte-americanas que utilizavam a categoria gender para abordar as “origens exclusivamente sociais das identidades subjetivas de homens e mulheres”. O feminismo tem mostrado, através de estudos sociológicos e antropológicos, que as explicações de ordem natural são, na verdade, uma formulação ideológica, utilizada para justificar e legitimar os comportamentos sociais de homens e mulheres em determinada sociedade. Gênero serve, dessa forma, para determinar tudo que é social, cultural e historicamente definido e não é sinônimo de sexo. É mutável, pois está em constante processo de ressignificação devido às interações concretas entre indivíduos do sexo feminino e masculino.2
Na década de 1990 chega ao Brasil o conceito de gênero, através das pesquisadoras feministas