Psicologia política
Psicologia Política: consiste no estudo das crenças, representações ou senso comum que os cidadãos têm sobre a política e os comportamentos destes que por ação ou omissão, incidam sobre ou contribuam para a manutenção ou mudança de uma determinada ordem sócio-política. Indica-se que a psicologia não se encontra à margem da política; afirma-se que a própria Psicologia contém implícita ou explicitamente pressupostos ideológicos.
Articular Psicologia e Política produz uma série de outros efeitos, como a clareza de que nossas práticas não são neutras, elas produzem efeitos poderosíssimos no mundo; são, portanto, políticas. Assumir tais questões é estabelecer rupturas com o pensamento hegemônico no Ocidente: é romper com as “verdades” que estão no mundo e vê-las como temporárias, mutantes, provisórias; enfim, como produções.Psicologia e a Política como objetos naturais e a-históricos, por sabê-los produzidos por certas práticas em determinados momentos da História, pretendo utilizá-los a partir de outras práticas, de outras produções que apontam, não para sua dicotomização e exclusão, mas para sua inclusão, para sua complementariedade e, portanto, indissolubilidade.
Se entendermos Psicologia, assim como Política, não em cima desses modelos hegemônicos pelos quais nos guiamos, mas como produções históricas, como territórios não separados, mas que se complementam e se atravessam constantemente, poderemos encarar nossas práticas não como neutras, mas como implicadas no e com o mundo.
Assim, se entendemos os objetos, saberes e sujeitos como produções históricas, advindos das práticas sociais; se aceitamos que os especialismos técnico-científicos surgidos da divisão social do trabalho no mundo capitalístico têm tido como função a produção de verdades absolutas e universais e a desqualificação de muitos outros saberes que se