Psicologia organizacional no brasil
Após os anos 60, quando a psicologia foi regulamentada legalmente como profissão, a área de trabalho da psicologia aplicada ao trabalho já estava plenamente desenvolvida, entretanto havia uma problema em relação as atividades desse psicólogo no contexto organizacional.
As atividades, até então, para a grande maioria dos profissionais estavam limitadas a recrutamento, a seleção, o treinamento, a analise ocupacional e a avaliação de desempenho.
Tupinambá (1987) define quatro fases como divisores da Psicologia Organizacional no Brasil. A primeira fase, ou fase preliminar, estruturou-se nas bases científicas e universitárias. Foi uma fase/face predominantemente psicométrica, cuja fundamentação científica da Psicologia Industrial calcava-se no diagnóstico prescritível. A segunda, situada na década de 60, é definida pelo autor como fase da psicotécnica e fase educacional do treinamento das organizações. Foi uma fase técnica, que objetivou aplicar os conhecimentos da Psicologia Experimental no âmbito do trabalho, com a predominância de trabalhos de seleção profissional, visando adaptar o ser humano ao trabalho. Nota-se que os conceitos tayloristas eram os predominantes nessa fase, trinta anos após o surgimento do movimento na América. Considera que a terceira fase é uma expansão da segunda, com novas técnicas aplicadas em outros setores da organização. A quarta fase é denominada como fase psicossociológica. Na década de 70 ocorre uma reflexão sobre os métodos até então utilizados para recrutar, selecionar e treinar, assim como sobre o papel do psicólogo. Observou-se, nesta fase, que o clima e a cultura de uma empresa são fatores importantes a serem também considerados e que a psicóloga deveria atuar como um agente de mudança.