PSICOLOGIA NO ÂMBITO PRISIONAL
Profissionais trabalham em um sistema perverso. Confira uma série de reportagens sobre o dia-a-dia e alguns problemas enfrentados por esses psicólogos – páginas 3 a 9
I Seminário de Psicologia e Direitos Humanos debate práticas institucionais – páginas 10 e 11
Informe da Tesouraria do CRP-RJ – página 15
Conselho reúne psicólogos da Região Serrana – página 17
Combate à AIDS: perspectivas e desafios
– página 18
TV Pinel faz 10 anos – página 19
Manifestações c ontra PL d o Ato Médic o psicólogos de todo país – página 20
reúnem
Pelo fim dos “depósitos de esquecimento”
Violência nas p ráticas de encar ceramento: este é o tema da campanha anual das comissões de direitos humanos de t odo o Sistema Conselhos (Federal e Regionais), lançado no último dia
10 de novembro. A história dos encarceramentos pressupõe a necessidade de sua visibilidade. Uma história que vem sendo negada, ocultada, silenciada; a histór ia da ex clusão, da t ortura, da segregação, que o Estado penal trata de instituir.
A desigualda de social, de terminante na marginalização de g rupos e se gmentos sociais, irá ser mantida, através dos “depósitos de esquecimento”: os cárceres. As contínuas violações dos direitos humanos nessas práticas têm sido constantemente denunciadas sem nenhuma perspectiva de mudança anunciada. Constata-se que há um modo de pensamento predominante na sociedade que tem um conteúdo de verdade a priori e que só produz mortificação. Para esse pensa-
mento, o encarceramento é a única solução para os chamados desviantes e a punição se m fim o seu objetivo.
Trata-se de tod o um mo do de p ensar que apóia a vivência do sofrimento, supremo ato de crueldade, a um g rande contingente de pessoas e a nenhuma perspectiva, a não ser a perpetuação do estado de sofrimento. Condenamos, pois, as falsas soluções que o Estado propõe para enfrentar esse grave problema quando na r ealidade sustenta-se a desigualdade,