Psicologia no sistema prisional
CAMPUS RESENDE
CURSO: DIREITO
DISCIPLINA: PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
ALUNO: KARIN ANNA KÖHLER CABRAL DA SILVA
PROF.: MARCIA BARBOSA
DATA:14/09/2010
TEMA: PSICOLOGIA NO SISTEMA PRISIONAL
INTRODUÇÃO A presente pesquisa propõe uma análise sobre a questão do sistema prisional salientando o ponto de vista psicológico da relação da sociedade com o encarcerado, da corte com o mesmo, e da psicologia aplicada no sistema prisional enquanto instrumento terapêutico de regeneração dos apenados. O objetivo principal é ....
A SOCIEDADE E A QUESTÃO PENITENCIÁRIA
As condições de vida em um presídio são degradantes, e muito embora sejam de domínio público, a sociedade tem feito vista grossa para o assunto e se omitido. Há grande alarde da mídia sobre crimes hediondos ou de colarinho branco, mas a situação das prisões só é alvo de matérias quando há motins, fugas ou eventos similares.
Porque a sociedade se sensibiliza com as vítimas “cidadãos de bem” e não se importa com as vítimas de crimes que ocorrem dentro das prisões? Presos sofrem agressão e tortura física, moral, psíquica, são submetidos a condições insalubres de vida numa violação clara dos direitos humanos, têm sua dignidade, integridade física e mental profunda e irreversívelmente afetados, isto quando não são levados à morte por doenças ou confrontos físicos. São vítimas de crimes tanto quanto as mulheres espancadas, as crianças abusadas sexualmente, e no entanto não há mobilização social em favor deste grupo.
Creio que a sociedade olha para o encarcerado como um bode expiatório de toda a raiva que sente provocada pelo stress que a violência urbana lhe causa e anseia por vingança. Um sentimento primitivo de pagar o mal com o mal e de não reconhecer a própria parcela de responsabilidade nos fatos. A maioria das pessoas não admite que são cúmplices da violência urbana e da criminalidade enquanto sociedade que se omite ante a desorganização da distribuição de renda