Psicologia geral
Fatores biológicos, sociais e culturais
A necessidade biológica de comida nem sempre é exatamente igual à necessidade psicológica de comida. A fome e a sede são estimuladas tanto por fatores internos, já que são controlados por diversos centros cerebrais, os quais são estimulados por receptores que monitoram o conteúdo do sangue, especialmente seus níveis de glicose, gorduras e carboidratos. Mas também há o estímulo por fatores externos, como a simples visualização de uma comida, o calor, os cheiros do ambiente, relacionados a memória de um alimento, bem como fatores emocionais, onde por muitas vezes a raiva e a depressão causam uma falsa ideia de fome, implicando o excesso ou a falta dela. Sócio-culturalmente há o horário de comer, que é um costume inserido desde a infância, e também o que comer, em determinada hora do dia, e em que quantidade, tudo isso relacionado também a outros fatores, como financeiros. Por exemplo, uma criança brasileira de doze anos comerá no café da manhã, às seis da manhã, um ou dois pães com manteiga e café com leite. Não ingerirá doces, muito provavelmente, ainda que assim o deseje, mas levará bolachas e pipocas para o lanche da manhã na escola. Já uma criança americana, de mesma idade, tomará seu café às nove da manhã, comerá uma tigela de cereal matinal com leite e suco. Levará sanduíche de manteiga de amendoim e geleia para o almoço na escola. Todas essas mudanças se deram ao considerar somente um fator diferencial: a cultura, os costumes da região.
Distúrbios relacionados a alimentação
Um problema serissimo relacionado à ideia de comida, fome, sede, necessidades alimentares biológicas e sociais, intrincadas, é a anorexia, normalmente acompanhada da bulimia. Nesses transtornos, distintos, mas comumente confundidos devido a sua proximidade, há uma preocupação excessiva com o peso, com a imagem própria do corpo, normalmente distorcida, fora do real. Na anorexia nervosa, quanto menos peso, melhor, e