Psicologia evolutiva
Adalberto Tripicchio MD PhD psiquiatra forense
Resumo
O principal objetivo do presente artigo é discutir a abordagem evolucionista da Psicopatia, ou Transtorno de Personalidade Anti-Social (TPAS). São abordados os principais argumentos desenvolvidos no âmbito da Psicologia Evolucionista que tentam evidenciar o caráter adaptativo deste transtorno num ambiente primitivo de interação social. Ao longo do artigo, são enfocados os principais pressupostos vinculados ao paradigma evolucionista e suas implicações na compreensão filogenética de um dos transtornos que mais amplamente demanda análises e investigação na esfera da Psicoclínica. São também discutidas algumas adequações e inadequações do citado modelo e seu valor explanatório para a compreensão da atual prevalência da Psicopatia.
[pic][pic][pic]Observação
Quando se usa somente o termo psicopata, corresponde, na Classificação de Kurt Schneider, ao psicopata sem sentimento, ou frio de ânimo, que não elabora uma Escala de Valores - éticos, estéticos, lógicos e religiosos -. O psicopata também é chamado de Personalidade Psicopática (PP), de [Transtorno de] Personalidade Anti-Social, de Sociopata, de Moral Insanity. Não confundir com a Pseudo-Personalidade Psicopática (PPP), que corresponde ao Encefalopata lato sensu que, em geral, nas neuroimagens apresentam graves lesões encefálicas, além de distúrbios de conduta, agressividade, elementos da constelação epiléptica, estigmas degenerativos de encefalopatia descritos por Carl Schneider, alteração de inteligência: a inteligência seletiva. A inteligência do verdadeiro psicopata não apresenta nenhuma alteração detectável.
Introdução
O estudo do psicopata tem, conforme salienta Salekin1, sido objeto de um grande número de considerações teóricas e empíricas desde que Phillippe Pinel introduziu o termo há aproximadamente duzentos anos. Nas últimas décadas, entretanto, um considerável número de