Psicologia do trabalho: a questão do método
Curso: Gestão de Pessoas – 2º Período
Disciplina: Psicologia Organizacional
RESENHA: A QUESTÃO DO MÉTODO NA PSICOLOGIA DO TRABALHO
INTRODUÇÃO
No meio acadêmico divulga-se a necessidade de um método a fim de nos orientar em nossas investigações e diagnósticos dos problemas no ambiente do trabalho. Todo método baseia-se na integridade ontológica das coisas e dos sujeitos. O teórico que avançou mais nessa questão foi J. Chasin.
Este teórico, J. Chasin afirmou que todo método nasce de um fundamento gnosiológico: fundamento que visa saber a relação entre o sujeito que conhece o objeto e o objeto do conhecimento. Chasin criticou os resultados das análises baseadas em métodos, ele protegeu a “fundamentação onto-prática do conhecimento, isto é, aquela que, em vez de basear-se em um método, tenta reproduzir teoricamente a lógica intrínseca ao objeto investigado”.
O método, pelo menos na perspectiva exposta acima, é indesejável para a construção do conhecimento em todo e qualquer campo da ciência. Ao nos prendermos a um método, perdemos o contato com a realidade que precisamos compreender ou investigar, pois o método nos leva a nos apoiar em uma forma de agir autônoma e independente da realidade do objeto a ser investigado.
Na produção do conhecimento é necessário que abandonar todos os pressupostos, as hipóteses, questões orientadoras e, muitas vezes, os instrumentos e os procedimentos quando estes são baseados em conclusões que nada contém em si mesmo da ideia que representa e que acabam se impondo ao objeto a ser conhecido.
Para conhecer um objeto ou situação devemos olhar em sua direção deixando de lado qualquer ideia apriorística (preconceitos, pressupostos) que possamos ter ao seu respeito, ao invés de impormos nossa lógica devemos tentar desvendar sua própria lógica, e somente após decifrar e conhecer é que estaremos realmente de posse de um método. Neste pensamento, é o próprio objeto que nos