Psicologia das emoções - raiva
(Thomas Hüllshoff – Psiquiatra alemão)
1) Diferenciar emoções tais qual:
A) Irritação (lat. Irritare – provocar, estimular) – reação hostil a determinado estímulo, que quando bem vivida pode ser positiva, apesar de ser percebida como desagradável por quem a vivencia. Essa emoção básica, segundo o autor, pode se transformar em inveja (referente às habilidades ou posses de outra pessoa), ciúme (quando se trata da suposta “posse” de outra pessoa) ou desejo de vingança (quando a irritação é provocada por uma ofensa).
B) Raiva (maior intensidade em relação à irritação) – quando a irritação desencadeia uma reação imediata, mais densa e explosiva, e são produzidos os acessos de raiva.
C) Ódio (mais duradouro em relação à raiva) – ocorre quando a raiva é voltada para um determinado alvo por um período de tempo maior.
D) Ira – vincula a irritação à confrontação ou à justificação intelectual. E.g. Sobre a Cimeira (Encontro de chefes de Estado e de Governo, ocorrida no início dos anos 2000, no Rio de Janeiro):
– “O termo cimeira, emprestado do português, indica uma reunião de pessoas que estão por cima, no poder. É o mesmo que topo, o que na atual condição de muitos dos países participantes sugere que a reunião fosse denominada de: Toupeiras.” Bóris Casoy (jornalista)
2) Substrato neural da irritação / raiva: Irritação e raiva, por serem emoções bastante intensas, estão associadas a fortes reações corporais, segundo o autor, divididas em três planos: Comportamental – constituído por gestos característicos dessas emoções, tais como: o tom de voz; expressões faciais; movimentos corporais demonstrando tensão nos músculos etc. Neurovegetativo – pêlos eriçados, pele arrepiada, taquicardia, aumento da PA etc. Hormonal – liberação de cortisol de noradrenalina (irritação); e de noradrenalina e adrenalina (raiva).
Para tanto, as seguintes estruturas são utilizadas:
A) Córtex cerebral – responsável