Psicologia - Emoções
Decidimo-nos neste nosso primeiro trabalho por escolher ‘As emoções’, um tema tão presente e marcante da vida humana. O estudo das emoções foi sempre um aspecto central da Psicologia. Nos últimos anos, a expansão de trabalhos sobre a emoção, particularmente a relação entre a emoção e a cognição, ajudou a sublinhar a importância dos conceitos de emoção, não apenas para psicólogos mas também para os filósofos e para os cientistas sociais em geral.
Hoje em dia, com o fácil acesso à informação que caracteriza os nossos dias, não nos seria difícil incorporar neste trabalho uma análise mais detalhada dos muitos estudos que têm sido levados a cabo nesta área, particularmente nos últimos vinte anos, contudo optámos por não o fazer, não só por as dimensões do próprio trabalho não o poderem comportar, como nem tampouco serão esses os objectivos em causa.
Tomámos a decisão de o estruturar da forma o mais ‘leve’ possível, sem todavia o prejudicar no alcance dos seus objectivos mais elementares. Optámos por começar por uma breve definição, onde descrevemos a importância do estudo das emoções no campo da Psicologia, a maneira como ao longo dos tempos as pessoas se têm interrogado acerca da sua natureza e como, actualmente, o seu estudo se reveste de interesse e aplicação prática e quotidiana.
Achámos por bem dedicar o segundo capítulo, ainda numa fase inicial do trabalho, a um aspecto que nos parece extremamente relevante nesta área em particular. Ainda hoje existe uma certa ideia de que razão e emoção se encontram nos antípodas, e que para o bem do primeiro, o segundo deve ser posto de lado, ou pelo menos “refreado”… o que não é de todo verdade. Numa perspectiva integradora, debatemos as especificidades de um estudo científico sobre as emoções e as suas implicações epistemológicas e na própria abordagem do psicólogo perante as emoções, as dos outros e as suas próprias.
No capítulo seguinte, fazemos a distinção entre emoção e sentimento e, de entre a larga