Psicologia Da Aprendizagem
Ver, Não Ver e Aprender: A participação de crianças com baixa visão e cegueira na escola
Aprender é a capacidade humana de receber, colaborar, organizar novas informações e, a partir desse conhecimento transformado, agir de forma diferente do que se fazia antes.
Para ensinar alunos com deficiência visual se faz necessário compreender o que é deficiência visual, o desenvolvimento e aprendizagem das crianças com baixa e cegueira.
A palavra ‘deficiente’ tem um significado muito forte, carregado de valores morais, contrapondo-se a ‘eficiente’, e, se destaca no que falta, na limitação, no ‘defeito’, gerando sentimentos como desprezo, indiferença, chacota, piedade ou pena.
Assim, se recomenda o uso do termo “pessoa com deficiência”, referindo-se, em primeiro lugar, a uma pessoa, um ser humano, que possui entre suas características uma deficiência – mental, física (ou de locomoção), auditiva ou visual.
Laplane e Batista (2008) descrevem que a deficiência visual engloba uma variedade de condições orgânicas e sensoriais que têm consequências diferentes no desempenho visual dos sujeitos, e abrange desde pequenas alterações na acuidade visual até a ausência de percepção de luz.
A expressão ‘deficiência visual’ se refere ao espectro que vai da cegueira até a visão subnormal. As pessoas com baixa visão são aquelas que apresentam desde condições de indicar projeção de luz até o grau em que a redução da acuidade visual interfere ou limita seu desempenho. Seu processo educativo se desenvolverá, principalmente, por meios visuais, ainda que com a utilização de recursos específicos. E, as pessoas cegas são aquelas que apresentam desde ausência total de visão até a perda da projeção de luz. O processo de aprendizagem se fará através dos sentidos remanescentes (tato, audição, olfato, paladar), utilizando o Sistema Braille, como principal meio de comunicação escrita.
O desenvolvimento de crianças com deficiência visual
Ao nascer, a criança vai construindo seu