Psicologia aplicada ao obreiro
INTRODUÇÃO
É de conhecimento geral que a vida de um obreiro agrega inúmeras especificidades, exigências e dificuldades. Independente da área em que atue na Igreja, as demandas que compreendem o desempenho deste ofício e que são requeridas daqueles que escolheram dedicar-se ao serviço do Senhor são incomensuráveis. É preciso organizar os objetivos, fundamentar planos e estabelecer ações a fim de que o obreiro consiga, no exercício de seu ministério, manter-se saudável, cuidar dos seus familiares, atentar para o próximo e realizar o serviço eclesiástico, sem que isso se configure em uma sobrecarga de atividades, que possa vir a se desdobrar em diversos comprometimentos à saúde. Pelo fato do obreiro ser um indivíduo e o indivíduo ser uma pessoa biopsicossocial, vários cuidados precisam ser observados. O apóstolo Paulo, escrevendo aos tessalonissenses, disse: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5.23). Uma atenção mais acurada voltada a esta totalidade do ser não pode ser negligenciada, a fim de que se evite fragilidades psicodinâmicas, que a princípio podem se configurar como simples, mas que, no futuro, podem vir a se tornar intensamente graves. Com o propósito de melhor embasar a formação do obreiro, optou-se por oferecer um conhecimento básico de Psicologia e de suas ferramentas, a fim de que se alcance uma formação integral, que contribua para a excelência do exercício ministerial. É desejo de Deus que o obreiro seja integralmente próspero, com bem expressou o apóstolo João:“Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenha saúde, assim como bem vai a tua alma” (3Jo 2). Este módulo tem o objetivo de, sucintamente, discorrer sobre os alguns dos recursos que a psicologia dispõe.
I – ENTENDENDO A PSICOLOGIA COMO RECURSO
No capítulo 3 de 1º Timóteo, o apóstolo Paulo