Psicologia ambiental

BREVE PANAROMA DA PSICOLOGIA AMBIENTAL

Na Europa, a psicologia ambiental surge com o nome “Psicologia da Arquitetura”, no final dos anos 1950. Durante esse período os estudiosos da história da arquitetura notaram que as moradias em certa medida refletiam valores socioculturais da época e da região. Expressando interesses que vão além das necessidades de abrigo físico, essas moradias traziam também aspectos psicológicos de identidade e todo um universo simbólico humano. No Brasil, o desenvolvimento do campo ocorreu em relação direta aos acontecimentos de outros países, haja vista que a formação de grande parte dos pesquisadores brasileiros ocorreu no exterior, quer seja através da participação em congressos internacionais na área ou estabelecendo parcerias com autores de países como França, México, Venezuela, Espanha e Estados Unidos. Sobre as características da psicologia ambiental, nota-se que existe um dinamismo entre o homem e o ambiente, que o homem age sobre seu ambiente, não sendo apenas produto dele, e que reciprocamente é influenciado por esse meio. O campo investiga também o ser humano em seu contexto diário, se preocupa com problemas sociais, na medida em que reconhece que, ao lidar com seu ambiente, o homem não está somente afetando a terra em que vive, mas também os outros que compartilham com ele esse ambiente. Além disso, a psicologia ambiental possui um caráter interdisciplinar, pois aproxima aspectos relevantes de uma variedade de disciplinas cujos interesses contribuem para uma compreensão do humano em interação com o ambiente. A interdisciplinaridade inerente o campo impõe que o psicólogo esteja aberto e receptivo a outros saberes no intuito de co-construção de competências necessárias para a sustentabilidade da vida, sendo principalmente um agente social de transformação. Atualmente, observa-se que as questões ambientais têm sido uma das principais demandas da sociedade que podem ser entendidas na interface com o campo da Saúde, na medida em