psicodiagnostico
O modelo de psicodiagnóstico interventivo é inspirado no trabalho de Marilia Ancona-Lopez (1987) e Marizilda Fleury Donatteli (2005), que veem na devolutiva com histórias uma oportunidade de se trabalhar com analogias, o que permite à criança uma compreensão de sua problemática, de acordo com sua capacidade egoica.
Nesse contexto, o livro conta a história de uma personagem com a qual a criança possa se identificar. A principal preocupação é como fazer o paciente entender, de forma lúdica, o que foi compreendido dele durante o processo psicodiagnóstico. Com isso, ajudá-lo a elaborar a situação que o trouxe à clínica.
A história deve conter os principais conflitos e medos, assim como integrar todos os conteúdos enfocados no psicodiagnóstico, sem, no entanto, invadir a criança, segundo as autoras e a bibliografia sobre o tema. Os dados obtidos durante a anamnese, testes projetivos e horas de jogo devem ser usados como roteiro para construir a história para cada paciente. As histórias seguem os parâmetros propostos por Ocampo et al. (2009), de dosar, ao longo da devolutiva, aspectos positivos e negativos sobre o paciente, e somente informações que este possa suportar. Cada estagiário define como apresentar a história para a criança, o que pode ser feito por meio de confecções de livros, cenários, fantoches etc., sempre a partir dos interesses do paciente. O fato de a criança se apropriar do livro, ao final do processo de psicodiagnóstico interventivo, possibilita a ela uma elaboração de seu caso clínico, após o encerramento e mesmo ao longo de sua existência.
São apresentados três casos em que esse procedimento foi utilizado na clínica, com bons resultados, ou seja, com boa compreensão por parte da criança e boa aceitação da técnica.
Este trabalho fez parte do núcleo de estágio de Psicologia Clínica no Centro de Pesquisa e Psicologia Aplicada – CPPA – da UNESP de Assis, do ano de 2009, sob a