hugo cabret
Um garoto órfão que mora em uma estação de trem e um cineasta que perdeu a esperança de sonhar...
São esses os dois personagens principais explorados na incrível obra deBrian Selznick, a qual serviu de base para desenvolvimento do filme — que é totalmente ambientado na estação de trem parisiense, exibindo cenários incríveis dos relógios dentro da estação, Paris, a estação de trem, entre outras. Além disso, conta com personagens secundários como Isabelle, a garota apaixonada por livros e desejosa em viver uma aventura como as lidas em suas histórias fantásticas; o agente de segurança da estação de trem parisiense com seu cachorro esperto à procura de órfãos ladrões e perturbadores da paz; a vendedora de flores da estação, e tantos outros... Martin Scorsese conseguiu ambientar e criar um universo carismático infanto-juvenil, cheio de enigmas e descobertas que nos deixa absortos em pensamentos.
Isso mesmo, Martin Scorsese... Fez filmes como Guangues de Nova York, Taxi Driver, Ilha do Medo, Cassino,entre outros. O cineasta decidiu inovar e diversificar seu estilo e, devo salientar, deu bastante certo.... O filme é monótono às vezes, e fez-me pensar antes que, ao assisti-lo, embarcaria em uma viagem sem volta a um mundo mágico, ou quem sabe, aventuras tantas quantas as resguardadas no coração de Isabelle. Em minha percepção, faltou explorar o lado humano do garoto: a sua solidão implícita; como vivia dentro dos relógios; como enfrentar o mundo lá fora completamente sozinho...
Em Londres, ninguém repara em quem arruma a hora dos relógios da estação de trem — suas horas estão sempre corretas, e ninguém precisa se importar com isso; afinal, todos já tem preocupações bastantes em suas vidas monótonas. Um relógio é apenas mais um mero detalhe... Mas é aí que se enganam.
Após a morte do pai (que não é spoiler algum), Hugo Cabret tem que ir morar com o tio beberrão que vive dentro dos relógios da estação. A rotina diária