Psicanálise
A conexão prematura entre mãe – bebê era um assunto em que Winnicott se preocupava em compreender. Uma perspectiva de seu pensamento é a suposição de que na identificação simbiótica profunda de mãe e bebê, é criada uma área de ilusão, e nela o bebê acredita que o seio da mãe é uma ideia sua, prologando por mais algum período sua onipotência narcísica.
Dessa forma, neste período não existe distinção entre interno e externo, e sim uma ambiguidade. Ocorre também uma não integração, em que o bebê necessita primeiramente encontrar uma unidade para assim poder distinguir o que vem de onde.
Para Winnicott é precoce falar em impulsos e fantasias para um período de antes dos seis meses, já que a criança precisa organizar-se ainda, e para isso necessita da mãe.
Julga necessário que a própria localização do self no corpo é resultado de uma elaboração a longo prazo e não considera que isso seja inato, devido a isso denomina este processo como integração.
Assim, o bebê possui uma aparelhagem, ou seja, o potencial para que possa atingir a condição de integração e a consequente possibilidade de encontrar o self no seu próprio corpo, a qual Winnicott denomina como criatividade primária.
A aflição de necessidade é um antecessor de um impulso instintivo. Nesta percepção, o bebê tem uma tensão de falta, uma necessidade. Por exemplo: a fome. Assim ele cria em sua imaginação um objeto que pode suprir essa falta. O seio é um ótimo exemplo disso. Se o objeto imaginado for apresentado de forma concreta no momento em que esta imaginação é criada, gera-se então uma área de ilusão, e o bebê vive a presença do objeto como a consequência de sua criatividade, assim pode conservar um narcisismo onipotente, não apresentando compromisso com a realidade externa.
Winnicott considera essa capacidade criativa ingênua, baseando-se nessa crença de que criamos tudo o que necessitamos, e vai sendo modelada pela realidade material, porém as expressões adultas