Psicanalise
Escrito por Joviane Moura | Publicado em: 24 de Janeiro de 2009
Categoria: Psicanálise
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Em Psicanálise, narcisismo representa um modo particular de relação com a sexualidade. Luciano Elia
(1995) define o narcisismo como o processo pelo qual o sujeito assume a imagem do seu corpo próprio como sua, e se identifica com ela (eu sou essa imagem).
O Narcisismo não leva apenas à patologia, ele também é um protetor positivo do psiquismo. Um narcisismo “que promove a constituição de uma imagem de si unificada, perfeita, cumprida e inteira”. (Houser, 2006, pág. 33).
Ultrapassa o auto-erotismo para fornecer a integração de uma figura positiva e diferenciada do outro.
Freud distingue dois tipos de narcisismo: narcisismo primário; e narcisismo secundário.
Narcisismo primário
O primeiro modo de satisfação da libido seria o autoerotismo conceituado como o prazer que o órgão retira de si mesmo; essas pulsões, de forma independente, procuram cada qual por si, sua satisfação no próprio corpo. Nesse
período, ainda não existe uma unidade comparável ao eu, nem uma real diferenciação do mundo.
Em seu texto de 1914 sobre o Narcisismo, Freud destaca a posição dos pais na constituição do narcisismo primário dos filhos. Freud fala que o amor dos pais aos filhos é o narcisismo dos pais renascido e transformado em amor objetal. O Narcisismo primário representaria de certa forma, uma espécie de onipotência que se cria no encontro entre o narcisismo nascente do bebê e o narcisismo renascente dos pais.
Narcisismo secundário
No caso do narcisismo secundário há dois momentos: primeiro o investimento nos objetos; e depois esse investimento reforma para o seu (ego). Quando o bebê já é capaz de diferenciar seu próprio corpo do mundo externo, ele identifica suas necessidades e quem ou o que as satisfaz; o sujeito concentra em um objeto suas pulsões sexuais
parciais, há um investimento