Pré Sal

A economia do pré-sal
Embora o Brasil já tenha alcançado a auto-suficiência em petróleo, ainda precisa importar cerca de 300 mil barris por dia de óleo leve. Isso corresponde a quase 17% do consumo nacional de 1,8 milhão de barris/dia. A partir de 2010, ano em que deverá ser iniciada a produção de Tupi em maior escala, um novo cenário vai surgir. É o que dizem os especialistas. O óleo do pré-sal vai levar o Brasil a ocupar outra posição na ordem econômica internacional. De mais destaque, claro, ao lado do seleto grupo de países exportadores de petróleo, como a Venezuela e os Emirados Árabes.

De acordo com a assessoria da Petrobras, essa descoberta vai permitir ao país desenvolver uma nova fronteira exploratória de um bem já escasso no planeta. Há menos de 20 anos, o Brasil produzia menos da metade do que consumia. Por isso, ao falar sobre o primeiro óleo de Tupi, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou o feito a uma segunda Independência do Brasil.

Depois de dois anos de queda do consumo energético, um relatório, divulgado em julho pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), mostrou que haverá um leve aumento da demanda por petróleo em 2010. E isso contará a nosso favor.

A OPEP foi fundada em 1960 por Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait e Venezuela. Os 13 países que hoje fazem parte da organização são responsáveis por pouco mais de 40% da produção mundial de petróleo. Isso dá a eles um enorme poder sobre o mercado global, permitindo o estabelecimento de preços com o aumento e a queda da produção.

A participação da Indonésia está sob revisão porque o país não é mais considerado um exportador de petróleo líquido. Já a Bolívia, o Canadá, o México, a Síria e o Sudão foram convidados a participar, mas ainda não há nada oficializado. O Brasil, após essa descoberta, passou a pleitear sua entrada no grupo.

Fazem parte da OPEP:

Arábia Saudita
Argélia
Angola
Catar
Emirados Árabes Unidos
Equador
Indonésia
Irã
Iraque