Pré Modernismo
Início: 1902, com o lançamento dos livros Canaã, de Graça Aranha e Os Sertões, de Euclides da Cunha.
Fim: 1922, com a Semana da Arte Moderna.
Nesse período, o Brasil ainda vivia os primeiros tempos da República, proclamada em 1889. O Brasil passava por um momento de forte desenvolvimento econômico, depois do início da famosa política do café com leite, que consistia na alternância de presidentes ora de São Paulo, ora de Minas Gerais, os estados mais ricos e influentes da República.
Mesmo assim, o país viveu um momento forte de turbulência, pois, em fins do século XIX e início do século XX, houve um grande número de conflitos e revoltas, como a Revolta da Vacina, a Revolta da Chibata, a Revolta da Armada, a Revolta de Canudos, a Revolta do Contestado, a Revolta do Cangaço. Nesse período, o Brasil também recebeu grandes levas de imigrantes europeus, principalmente italianos.
É nesse contexto que está inserido o que chamamos de Pré-Modernismo na literatura brasileira, momento que trará nomes significativos das nossas letras, como Monteiro Lobato, Euclides da Cunha, Graça Aranha, Lima Barreto e Augusto dos Anjos.
Alfredo Bosi diz que “se pode chamar de pré-modernismo tudo o que, nos primeiros séculos, problematiza a nossa realidade social e cultural”.
As características mais significativas desse período são:
Renovação
Falavam sobre a realidade brasileira e as tensões vividas pela sociedade na época.
Ruptura com o passado
Os autores adotaram inovações que feriam o academicismo.
Regionalismo
A realidade rural brasileira é exposta sem os traços idealizadores do Romantismo. A miséria dohomem do campo é apresentada de forma chocante.
Literatura-denúncia
Os livros são escritos em tom de denúncia da realidade brasileira. O Brasil oficial (cidades daRegião Sul, belezas do litoral, aspectos positivos da civilização urbana) é substituído por um Brasil não-oficial (sertão nordestino, caboclos interioranos, realidade dos subúrbios).