práticas pedagogicas
Desenvolvendo as capacidades superiores
Vivemos em uma sociedade em que tudo deve seguir um padrão, de acordo com o pensamento político/filosófico vigente, relacionado com o sistema de produção de riquezas e conhecimento. Neste cenário concluirmos que a educação infantil, tal qual foi idealizada e é praticada segue os ditames destes discursos que circulam no seio da sociedade.
É certo que hoje, graças avanços significativos a educação está muito mais apta a proporcionar o desenvolvimento do indivíduo voltado a satisfação das necessidades, bem como das demandas da sociedade é isso é, ate certo ponto, positivo e necessário. Entretanto, nesse modelo arcaico e impositivo de educação no qual o ato de educar é praticado de forma unidirecional, engessada, cujo resultado é a formação de alunos alfabetizados, capazes de ingressar sistema de produção mais incapazes de exercer sua capacidade de interpretação e de contestação do modelo social vigente, formandos meros reprodutores dos discursos, preparados para preencher um espaço na sociedade mas incapazes de estabelecerem-se como indivíduos conscientes e modificadores da realidade, num ambiente em que a falta de recursos, a utilização de métodos ultrapassados (quadro-negro, caderno, lápis, uniforme, sala) parecem ter sido pensados proposital e intencionalmente para a obtenção dos resultados que hora temos.
De acordo com teoria histórico- cultural de Vygotski (1995a) as capacidades superiores humanas, aquelas que nos habilita a sermos chamados racionais se desenvolvem de dentro para fora desde a infância, a partir das experiências vividas no meio social, tornando possível o desenvolvimento pleno do indivíduo como humano. É certo que crianças são capazes de aprender desde a mais tenra idade a partir das experiências através da exploração, motivada pelo desejo de imitar os adultos. Desse modo a criança vai descobrindo o mundo e dando sentido as coisas,