Prática da enfermagem
A investigação sistemática sobre a assistência de enfermagem no Brasil, tem evidenciado que em muitas áreas, os rituais, tradições e o conhecimento comum ainda prevalecem como embasamento para a prática apesar dos avanços obtidos na melhoria da formação profissional. Apesar do aumento no número de cursos de pós-graduação nos últimos anos, do número de enfermeiros pesquisadores e de artigos publicados, em muitas áreas, a assistência clínica parece não ter sido beneficiada dos conhecimentos produzidos.
O processo de implementação dos resultados da pesquisa envolve a produção de conhecimento, sua disseminação e utilização de forma a mudar a situação clínica. Na literatura internacional de enfermagem, diferentes modelos tem sido apresentados desde a década de 70, para facilitar a utilização dos resultados de pesquisa na prática.
O projeto CURN (Conduct and Utilization of Research in Nursing), um dos primeiros modelos desenvolvido por um grupo de enfermeiras da Associação de Enfermeiras de Michigan, destacou que a utilização da pesquisa na prática é um processo organizacional e que é necessário um ambiente institucional que estimule e dê suporte aos esforços dos profissionais para a observação de mudanças (CRANE, 1995).
O modelo proposto por STETLER defende que o processo de utilização dos resultados de pesquisa na prática deve ser visto tanto como um processo organizacional como individual sendo imperativo desenvolver nos enfermeiros o conhecimento, as habilidades e os valores considerados essenciais para que tenham pensamento crítico e reflexivo para direcionarem a sua prática (CRANE, 1995).
No final da década de 80, a questão da avaliação da qualidade do cuidado prestado e a contenção dos gastos em saúde nos Estados Unidos impulsionaram as instituições, apoiadas pelo governo, a estudarem os resultados da assistência e o desenvolvimento de indicadores de qualidade e programas de melhoria de qualidade. O modelo da Universidade de IOWA