Humanização na prática da enfermagem
1. Introdução
O tema dessa pesquisa se caracteriza como relevância no meio acadêmico se considerarmos que nos últimos anos, a valorização humana, o cuidado individualizado, bem como a ética do trabalho em enfermagem têm sido foco de crescente interesse e discussão por parte dos profissionais. O profissional da saúde percebe, imagina e cria condições de cuidar do cliente que deve ser merecedor de respeito e consideração. Nesse sentido, o enfermeiro responde à sociedade sobre o valor do seu trabalho, que não se limita apenas à prestação da assistência automatizada, visando remuneração. É necessária a construção de processos de cuidados específicos no Centro Cirúrgico(CC), atentando, é claro, para a singularidade e a individualidade do cliente, uma vez que o modelo humanístico privilegia, em essência, a pessoa como sendo um ser que se relaciona e se realiza no contato e no encontro com o outro (1,2). conforme se constata na Política Nacional de Humanização:
...mas principalmente o modo como tais processos se dão, devem confluir para a construção de trocas solidárias e comprometidas com a produção de saúde, tarefa primeira da qual não podemos nos furtar. De fato, nossa tarefa se apresenta dupla e inequívoca, qual seja, a da produção de saúde e a da produção de sujeitos.
...Levar em conta as necessidades sociais, os desejos e os interesses dos diferentes atores envolvidos no campo da saúde constitui a política em ações materiais e concretas. Tais ações políticas têm a capacidade de transformar e garantir direitos, constituir novos sentidos, colocando-se, assim, a importância e o desafio de se estar, constantemente, construindo e ampliando os espaços da troca, para que possamos caminhar...(POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO BRASIL, 2004, p.7/8).
O ser humano enfermo é o objeto de trabalho do enfermeiro e, na prática do cuidado