Pru qu
Pru quê tu chora, pru quê?
Pru quê teu peito saluça e o coração se adebruça nos abismo do sofrê?
Tu pode me arrespondê?
Pru quê tua arma suzinha pelas estrada caminha sem aligria mais tê?
Pru quê teus óio num vê e o coração não escuita no sacrificio da luita este cunvite a vivê?
Eu te prugunto, pru quê? pru quê teus pé já sangrando cuntinua caminhando pela estrada do sofrê?
Pru quê tua boca só fala das coisa triste da vida que muita veiz esquecida dentro do peito se cala? quando o amô prefume exala pru quê tu mata a simente dessa aligria inucente que no seu sonho se embala?
Pru quê que teu coração é cumo um baú trancado e dento dele guardado só desespero e afrição
Pru quê num faiz meu irmão uma limpeza la dentro varrendo cô pensamento os ispim da mardição?
Pru quê tu véve agarrado nas asa desse caixão que carrega a assumbração desse difunto, o passado?
Se tu já véve cansado, interra todo o trumento na cova do isquicimento pra nunca mais sê lembrado
Despois disso, vem mais eu... vem ouví pelas estrada o canto da passarada que em seu peito imudeceu. escuita a vóz das cascata, chêra o prefume das mata, óia os campo, tudo é teu...
Aprende côs passarim que só tem vóz pra canta com o sor que nasce cedim e vem teu frio esquentá
Óia as estrela, o luar mas antes de tu querê isso tudo arrecebê aprende primeiro... a dá.