protozoarios
DESCRIÇÃO DA DOENÇA
A Tripanossomíase humana encontrada nas Américas é conhecida por doença de Chagas, tripanossomíase ou tripanossomose americana, e tem por agente causal o Trypanossoma cruzi, flagelado que determina no homem quadros clínicos com características e consequências muito diversas. A infecção apresenta uma fase aguda, com lesões localizadas, e outra fase, crônica, que pode produzir quadros clínicos variados e incuráveis. Destacam-se, por sua gravidade, a cardiopatia chagásica que ocorre em 27% dos casos, as dilatações de órgãos cavitários, que afetam principalmente o aparelho digestivo (megaesôfago, megacólon etc.) em 6% dos infectados, e distúrbios neurológicos em 3%. As lesões cardíacas são responsáveis por elevada mortalidade, especialmente na fase crônica da doença, que pode sobrevir mesmo 10 a 20 anos depois do processo agudo.
A OMS (1998) estima entre 16 e 18 milhões o número de indivíduos parasitados, nas Américas.
Carlos Chagas procurou incessantemente aquele protozoário no sangue de pessoas e animais residentes em casas infestadas por barbeiros.
CARACTERIZAÇÃO DO PARASITO
Apresenta muitas variações morfológicas, fisiológicas e ecológicas, além de variações quanto à infectividade e patogenicidade.
O GRUPO 1 é aquele encontrado em animais silvestres e triatomíneos que com eles convivem, particularmente na região amazônica. Esses flagelados mantêm-se no ciclo silvestre e produzem, no homem, infecções esporádicas e assintomáticas.
O GRUPO 2 é o prevalente nas áreas endêmicas da doença humana e tem como principal vetor, o Triatoma infestans. Supõe-se que seja originário dos Andes bolivianos, tendo-se adaptado, com este vetor, a um ciclo doméstico nas habitações rústicas das zonas rurais. Acompanhando migrações humanas, propagou-se para os países sul do Continente e invadiu o Brasil a partir dos estados sulinos. Ele é responsável pelas formas sintomáticas e graves