Proteção social na alta vulnerabilidade: familias monoparentais
Diásporas, Diversidades, Deslocamentos
23 a 26 de agosto de 2010
PROTEÇÃO SOCIAL NA ALTA VULNERABILIDADE: O CASO DAS FAMÍLIAS MONOPARENTAIS FEMININAS EM ANÁLISE
Adriana de Andrade Mesquita1
Introdução O presente trabalho, ainda que de forma introdutória, tem como objetivo central identificar as estratégias utilizadas pelas famílias monoparentais femininas em situação de vulnerabilidade, com vistas a verificar a existência de formas de integração entre políticas sociais e mecanismos informais de proteção social. Cabe colocar que apresentaremos as primeiras impressões, já que a pesquisa está em andamento, e constitui os primeiros estudos para a minha tese de doutoramento, orientada pelas professoras Ana Célia Castro e Rita de Cássia Freitas 2, no Programa de PósGraduação de Políticas Públicas, Desenvolvimento e Estratégias do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É perceptível que diante das crises nos países capitalistas avançados e de terceiro mundo, a família entra em cena como instância de gestão e superação da crise de (mal) bem-estar social em que se vive hoje. A precariedade dos mecanismos de proteção social e um cotidiano de gênero fazem com que essas famílias sejam as que mais acionem aos benefícios dos programas de transferência de renda (como o bolsa família) e também estratégias baseadas nas “redes sociais” (BOTT, 1976; DESSEN e BRAZ, 2000), “redes de parentesco” (WOORTMANN; 1987), “maternidade transferida” (COSTA; 2002), “redes de solidariedade” (FREITAS; 2002), “circulação de crianças” (FONSECA; 2002). Normalmente, isso perpetua nas camadas mais empobrecidas, onde as mulheres permanecem sendo as principais responsáveis pelo cuidado, proteção e educação do grupo familiar na ausência de um poder público que promova o bem-estar social. Assim, parte-se da seguinte questão: quais são as estratégias de proteção social utilizadas pelas famílias monoparentais
Doutoranda do curso de Políticas Públicas,