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Direto ao ponto: Ficha-resumo
Após duas semanas de passeatas e tumultos, os governos de São Paulo e de outras capitais recuaram e anunciaram a redução do valor das tarifas. Mas líderes dos manifestantes disseram que continuarão nas ruas, reivindicando mais qualidade no transporte público.
O movimento se caracteriza por ser jovem e apartidário. Ele pede melhorias na prestação de serviços públicos, um direito do cidadão. Milhares de pessoas participam de passeatas que, apesar de atos de vandalismo, conquistaram o apoio da população e de lideranças políticas.
As primeiras mobilizações aconteceram em São Paulo, organizadas pelo Movimento Passe Livre. O grupo usa as redes sociais e aparelhos celulares para coordenar os eventos. Os protestos foram motivados pelo aumento da passagem de ônibus na capital paulista, que passou de R$ 3 para R$ 3,20.
Nos primeiros atos, no começo de junho, a depredação de ônibus, bancos, estações de metrô e patrimônios despertou a antipatia da opinião pública. Esse cenário mudou no dia 13, quando a Polícia Militar reprimiu duramente a manifestação na Avenida Paulista, centro financeiro da cidade, ferindo populares e jornalistas.
A violência repercutiu no exterior, gerando o repúdio de instituições como a Anistia Internacional.
Se neste quarto dia de protestos havia cerca de 5 mil pessoas, o quinto protesto, em 17 de junho, contava com 65 mil, segundo estimativas da Polícia Militar e do Instituto Datafolha.
Do mesmo modo que no Irã (2009), na Primavera Árabe (2010) e, mais recentemente, nos levantes de Istambul, na Turquia, a repressão serviu como combustível para os manifestantes. Nos dias seguintes, eles ganharam a adesão de movimentos internacionais e a