Prostituicao infantil
1. JUSTIFICATIVA
O expressivo crescimento no índice de denúncias recebidas pelo Conselho Tutelar sobre casos de prostituição infantil em Manaus, especificamente na zona centro-oeste da cidade, vem preocupando as autoridades envolvidas com o problema e suas conseqüências.
De acordo com dados do Conselho Tutelar, enquanto no primeiro semestre do ano passado às denúncias mensais relacionadas a esse tipo de caso eram de três a quatro mensais, atualmente o índice fica entre 15 a 20 ao mês. Outro dado preocupante com relação à prostituição infantil é a baixa idade com que as crianças têm iniciado em média 10 anos de idade. Além de ser totalmente ilegal a prática com uma criança dessa idade, é um total ato de falta de consciência moral.
As meninas que caem na prostituição são, em grande parte, meninas que passaram por algum estupro na infância, por pais, parentes, ou alguém desconhecido. Por este motivo a garota até poderia tolerar por mais tempo a pobreza e a miséria, mas o que ela encontra em casa é a violência, o abandono e a degradação familiar. Para elas, talvez, seja mais fácil encontrar as dificuldades da prostituição nas ruas do que enfrentar os distúrbios de homens, que ao invés de dar-lhes proteção, abusam delas sexualmente.
Assim, as meninas prostituídas passam a apresentar numerosos transtornos orgânicos e psíquicos, como por exemplo, baixa auto-estima, fadiga, ansiedade generalizada, medo de morrer, uso de drogas, doenças venéreas e atraso no desenvolvimento.
Outras conseqüências desse problema são: aumento do número de abortos clandestinos, com mortes de jovens, em função da assistência médico-hospitalar precária; doenças sexualmente transmissíveis, especialmente a AIDS.
Tendo em vista o exposto acima e sabendo-se da gravidade do fato, observamos a importância de transformar a matéria em tema de estudo, onde podemos fazer uma análise