Propriedades acido-base de aminoacidos

Quimicamente, os aminoácidos podem ser considerados como compostos anfotéricos uma vez que podem atuar como ácidos na presença de bases ou como bases na presença de ácidos, seguindo a definição de Brönsted. Ilustração 1: Aminoácido atuando como ácido.
Ilustração 2: Aminoácido atuando como uma base.

Um estudo destas propriedades ácido-base pode ser realizado utilizando-se titulações partindo-se de aminoácidos. Quando se adiciona base (OH-) na solução, o pH aumenta gradativamente e quando adicionamos ácido (H+), o pH diminui, sendo possível monitorar o seu valor em função das quantidades adicionadas pelo o uso de pHmetros (0-14 unidades).
Em pH muito baixo, a espécie iônica da glicina é a forma totalmente protonada, +H3N—CH2—COOH. No ponto médio da primeira etapa da titulação, onde o grupo –COOH perde seu próton, as concentrações equimolares das espécies doadora de prótons (+H3N—CH2—COOH) e receptora de prótons (+H3N—CH2—COO-), estão presentes. Para a glicina, o valor teórico do pH no ponto médio é 2,34, dessa forma, seu grupo –COOH possui pKa de 2,34. Porém, na prática experimental, o valor encontrado do pH foi de 2,2.
Já em um pH mais elevado, na titulação ocorre a remoção de um próton do grupo +H3N— da glicina. O pH no ponto médio desse estágio é igual ao pKa para o grupo +H3N—. A titulação é finalizada em um pH acima de 11, onde a forma predominante da glicina é H2N—CH2—COO - . O valor teórico do pH no ponto médio é 9,60, já o valor encontrado na prática experimental foi de 9,5.
Ilustração 3: representação dos valores de pH obtidos na prática com adição de OH-.
O intervalo entre um pH muito baixo e um pH elevado encontra-se o ponto de inflexão, no qual a remoção do primeiro próton foi essencialmente completada e a remoção do segundo apenas começa, é alcançado em pH 5 ,97. Neste ponto a glicina esta presente como íon dipolar (+H3N—CH2—COO-).
O pH experimantal da solução de 0.09923g/mol de glicina no ponto de inflexão foi