PROPOSTA CONSTRUTIVISTA
Há tempos, inúmeros filósofos, psicólogos, antropólogos, sociólogos e educadores de todas as áreas procuram entender as relações dos indivíduos com a natureza e a sociedade. Tais estudos muito auxiliam a reformular algumas das questões fundamentais que perpassam a educação. Assim, a natureza do conhecimento e da aprendizagem emergiu, ao longo do tempo, como uma linha essencial de indagação.
Nesse enfoque, não se pode esquecer do construtivismo, que é a aplicação pedagógica dos estudos de Jean Piaget. Segundo suas pesquisas, o conhecimento é construído através da interação do sujeito com o objeto. O desenvolvimento cognitivo se dá pela assimilação do objeto de conhecimento, a estruturas anteriores presentes no sujeito e pela acomodação destas estruturas em função do que vai ser assimilado. A criança se apodera de um conhecimento se “agir” sobre ele, pois aprender é modificar, descobrir, inventar. Portanto, a função do professor é propiciar situações para que a criança construa seu sistema de significação, o qual, uma vez organizado na mente, será estruturado no papel, oralmente ou através de outras formas de expressão, tais como a pintura, o desenho, a modelagem e a encenação, entre outros.
O construtivismo deve ser visto como uma teoria sobre o conhecimento e a aprendizagem, e não como uma teoria de ensino. A proposta construtivista vem estabelecer uma nova relação entre quem aprende e quem ensina. A escola é um lugar onde a criança é estimulada a “construir” seu próprio conhecimento, deverá organizar seus espaços de tal forma que contribua, facilite e promova a constituição do grupo, desde a escala micro, na sala de aula, até a escala macro, na escola como um todo. É muito importante a criança ter condições de falar, de se expressar e de refletir sobre o que faz, assim seus atos serão significativos, de modo que, através destas ações, irá acontecer a aprendizagem de fato.
A instituição escolar, até alguns anos atrás, tinha como detentor