promoção a daude
Um modelo de assistência descentralizado que busca a integralidade, com a participação da sociedade, e que pretende dar conta da prevenção, promoção e atenção à saúde da população – compreendendo saúde como processo determinado socialmente – prevê atenção de qualidade nos três níveis de assistência, privilegiando cuidados ambulatoriais, onde se deve fazer presente o vínculo e a acolhida ao paciente.
Se modelos são formas de organização de ações para intervenção no processo saúde-doença, é preciso compreender o indivíduo em um todo – inserido numa sociedade, num território, num grupo ou espaço social, exercendo ou não determinado tipo de trabalho, com determinado modo de vida, em ambientes de determinada organização política e econômica, submetido a diferentes riscos de adoecer e morrer que, por sua vez, devem ser compreendidos, atenuados e modificados pela sua participação e envolvimento.
Ainda, é preciso ir além, pois a determinação social do processo saúde-doença transcende a doença de um indivíduo, e o risco de adoecer e morrer engloba populações que adoecem e morrem de forma desigual.
Fica claro, dessa forma, que ações de saúde resolutivas devem contar com a participação de todos os profissionais envolvidos e com os saberes institucionais das diversas áreas, bem como da população, para a definição de problemas e prioridades, tomada de decisões, implementação das ações consideradas prioritárias e sua avaliação.
Também podem exigir intervenções de outros setores além do setor saúde e, aí, é importante que se rompa o isolamento,
incluindo o setor da saúde num outro
horizonte político, trabalhando institucionalmente a intersetorialidade que “se apresenta como uma estratégia de reorganização das respostas aos problemas, necessidades e demandas sociais dos diversos grupos da população, seja em um
Distrito Sanitário, um município ou uma microrregião assistencial”. (Teixeira e Paim,
2002)
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Em suma,