Projetos
Quais as possibilidades de se construir em termos de sistema uma teoria política conservadora, em outras palavras qual a possibilidade que possuímos de apreender o sentido do conservadorismo político com vistas a perspectivar aspectos fundamentais das tendências políticas e intelectuais na contemporaneidade? O artigo tem como objetivo responder à questão acima formulada. Propomos como hipótese de trabalho que: uma parte considerável da teoria política conservadora formou-se no solo de língua alemã (algo pouco observado e investigado pelos especialistas em teoria política), mais precisamente, tentaremos propor que as teorias de Max Weber, Carl Schmitt e Joseph Schumpeter (estudadas quase sempre isoladamente) formam um sistema teórico-conceitual do conservadorismo político no século XX. Cada um desses autores em sua área de estudos específicos; Max Weber e sua sociologia política da dominação, Schmitt e o decisionismo jurídico e Joseph Schumpeter co a democracia de liderança, formam, hipoteticamente, uma mesma teoria política com elementos marcadamente conservadores. O problema de pesquisa, então, é como podemos estabelecer uma unidade teórica que nos dê condições de afirmar que Max Weber, Carl Schmitt e Joseph Schumpeter são pensadores políticos com um mesmo sistema de ideias – que irrompeu em solo germânico nas primeiras décadas do século passado. Em outras palavras; que elementos conceituais nos permitem ler autores com estilo de escrita e com projetos intelectuais diferentes entre si: como uma mesma estrutura de conceitos. Essa problematização de pesquisa pode ser solucionada se recorrermos a história conceitual da política de Reinhart Koselleck. Segue que o artigo está assim organizado: primeiro faço uma consideração metodológica a partir dos trabalhos de Reinhart Koselleck em seu “Futuro