Projetos e Estratégias de Implementação da Escola Nova na capital do Brasil
Os autores recorrem ao tema escola nova, logo no início do texto dando ênfase aos processos de mudança da estrutura da escola tradicional e da necessidade de reforma do sistema educacional no sentido de instaurar: “mecanismos de controle das camadas populares no espaço urbano, mas, sobretudo desenhadas por um grupo de intelectuais liberais para a institucionalização de um sistema escolar vazado nos preceitos do trabalho produtivo e eficiente” (p. 375) Estes novos mecanismos, segundo o texto, tinham a intenção de capacitar os indivíduos para as novas mudanças “ligadas a acontecimentos econômicos, políticos e sociais, que deveriam caracterizar aquele período histórico” (Lemme, 1988, p. 65). Os autores se referem especificamente aos rumos que o escolanovismo tomou no âmbito do Rio de Janeiro, entre os anos de 1922 e 1935, pelo fato de que essas mudanças poderiam, mais tarde, promover tal modelo aos demais estados da federação, não obstante suas diferenças internas. (p.377) Sobre esse aspecto, Anísio Teixeira deixou bem claro em seu relatório administrativo publicado em 1935 que, embora este modelo pedagógico não lhe parecesse favorável para todo o território nacional, devido a suas características diversas, caberia ao Rio de Janeiro, como “centro mais avançado do país e sua unidade federada mais condensada, em que já vão atuando as influências profundas da civilização moderna” (Teixeira, 1935, p. 42), tornar viável a convivência e participação plena do indivíduo no espaço social e econômico do Estado visando ao