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O contexto da violência é bastante amplo. Como a violência se manifesta de formas muito diversas, podemos atentar para a violência declarada e violência velada. O ato violento é tudo aquilo que atenta contra a pessoa, causando-lhe danos.
Na violência declarada, estamos lidando sobretudo com os atos da corporeidade. Explicitamente, sem máscaras, inegável. O corpo que sofre a violência é a prova concreta do desrespeito. Nele, há evidências de que houve uma invasão de territórios, um delito, sendo que este sofre na carne as consequências da violência declarada. Constantemente experimentamos os medos dessa modalidade. Medo de assalto, sequestro, latrocínio, acidentes.
As violências veladas, entretanto, são as invasões sutis que não podem ser vistas facilmente, tratando-se de um processo silencioso, com o poder de minar a subjetividade humana e privá-la de sua autonomia.
Um exemplo simples de violência velada é a história de uma filha que sempre quis ser médica, mas o pai a proibira, porque desejava que ela fosse advogada. Tentou convencer o pai de sua aptidão para as Ciências Biológicas, mas nada fez com que o pai mudasse de ideia. Nascida em uma família em que filhos não costumavam se opor às determinações dos progenitores, desistiu de seu sonho. Estudou Direito, mas nunca conseguiu trabalhar na área. Casou-se, limitou-se às atividades domésticas e acabou não realizando o seu sonho.
Esta história retrata uma forma de violência velada terrível. Alguém se levanta contra o sonho que não é seu e determina o destino do outro, como se estivesse determinando o próprio. Violência cruel que pode marcar definitivamente a vida de alguém.
Violências semelhantes podem acontecer no seio da vida conjugal. São violências domésticas, posturas arbitrárias nas relações do casamento, quando há a prevalência de uma das partes por meio da força psicológica que