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1. APRESENTAÇÃO

A disposição inadequada dos resíduos sólidos é um problema que aflige a humanidade desde o momento em que o homem passou a fixar moradias e o resíduo gerado passou a acumular em locais inapropriados. A intensificação desse fato ocorreu com a Revolução Industrial e se estende aos dias atuais.
Por tratar-se de um produto que gera impactos ambientais e riscos à saúde humana, as preocupações com o armazenamento, transporte e destino final tornaram-se mais constantes, pois com o aumento populacional mundial aumentou-se também a quantidade de resíduo produzido.
Hoje, o destino final adequado para a disposição dos resíduos sólidos são os aterros sanitários, porém, poucos municípios atendem o que a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12305/2010, estabelece.
Nesse sentido, o presente estudo realiza um diagnóstico dos riscos e impactos ambientais gerados pelos lixões, quais as legislações ambientais são pertinentes à atividade e ainda quais tecnologias mais limpas poderiam ser utilizadas para minimizar o dano ambiental gerado. Para que o diagnóstico seja realizado com maior evidência de dados, realizou-se visita in loco ao Lixão de Aparecida de Goiânia, Goiás.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

A partir da segunda metade do século XX, com os novos padrões de consumo da sociedade industrial, a produção de resíduos cresceu continuamente e em um ritmo superior a capacidade de absorção da natureza.
No Brasil, constatou-se que nos últimos 10 anos a população brasileira cresceu 16,8%, enquanto a geração de resíduos cresceu 48%, (IBGE, 1989/2000 apud ANVISA, 2006). Isso acontece devido ao aumento da produção e concepção dos produtos com alto grau de descartabilidade dos bens consumidos e também produtos não degradáveis (ANVISA, 2006).
A Lei 12.305 de 02 de agosto de 2010 define resíduos sólidos como:
Material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação