PROJETO TECNOLÓGICO
“A aplicação da TI pode trazer ganhos significativos a uma organização, mas a escolha e seleção da tecnologia adequada dependem de profundo entendimento das estratégias adotadas pela empresa e das conseqüências desta escolha sobre as variáveis estratégicas (Parsons, 1983)”. “A não observância do alinhamento entre estratégia e tecnologia pode ocasionar impacto negativo, com perda de recursos e desgaste humano. Luftman, Lewis e Oldach (1993) afirmam que a TI, isoladamente, não representa vantagem competitiva a longo prazo, pois ela pode, muitas vezes, ser facilmente imitável”.” Da mesma forma, Hitt e Bryjolfsson (1996) apontam que, embora as empresas possam aumentar a produtividade e o valor para os clientes com adoção de TI, não necessariamente irão obter maior lucratividade”.
No entanto há o outro lado: se uma empresa deixa de adotar uma TI já utilizada pelos seus competidores, estará em situação de desvantagem competitiva, por não ter uma competência que passa a ser exigida. Esse parece ser o caso dos sistemas ERP. “De acordo com Kumar e Hillegersberg (2000, p. 24), esses sistemas são hoje considerados, no mínimo, "o preço de entrada para se realizar negócios". Torna-se, portanto, instigante avaliar quais variáveis estratégicas eles poderão de fato impactar, pois sua utilização poderá viabilizar uma série de modificações e adaptações na empresa”.
“Fortemente influenciados por Porter (1980), Bakos e Treacy (1986), distinguiram três níveis nos quais a TI colabora com a estratégia corporativa: os níveis interno competitivo e de portfólio de negócio. O primeiro relaciona-se com o desenvolvimento da eficiência e eficácia das estruturas e processos organizacionais para atingir objetivos e metas traçados. Melhorar a eficiência e eficácia organizacional é o domínio tradicional da TI”. Já o nível de Estratégia Competitiva foca em movimentos competitivos dentro da indústria